Exmos Senhores
A Direcção da GVT tem acompanhado permanentemente toda a situação relacionada com os incêndios ocorridos no nosso Concelho, particularmente dos que maiores efeitos causam na economia local, os situados dentro do PNPG.
Temos desenvolvido um grande esforço de aconselhado às autoridades que dirigem as operações no terreno, bem como ao Sr. Presidente da Câmara Municipal e seus serviços de protecção civil. Temos sido incasáveis até na prestação de apoio logístico aos operacionais que actuam no terreno, fornecendo gratuitamente alimentação e alojamento sempre que nos é solicitado.
Lamentamos e censuramos a falta de cuidado e de rigor na prestação de informação aos órgãos de comunicação social, por todas as referências alarmistas sobre falsas evacuações e sobre falsos perigos anunciados, bem como a falta de sensibilidade das forças de segurança nos primeiros momentos do incêndio e que tudo isto muito dano está a provocar aos nossos associados e todos os agentes económicos da região.
Foi insensato e precipitado o encerramento do Parque de Campismo do Vidoeiro, bem como todas as declarações de responsáveis públicos daí decorrentes, incluindo as do Governador Cívil do Distrito de Braga. Um pouco no mesmo sentido seguiu o anúncio e a publicidade feita ao accionamento do plano de emergência municipal. Todas estas acções levaram a que a comunicação social as transformasse num grande alarme social que provocou o pânico na clientela e nos nossos clientes.
Agrava ainda este problema os incêndios ocorridos noutros concelhos mas que a comunicação social reporta como sendo no Gerês. Infelizmente, este é o efeito da marca e da distinção que o Gerês merece a nível nacional – dá notoriedade à notícia se for situada no Gerês.
Toda esta persistente falta de rigor geográfico permite-nos concluir que ela é intencional, pois as fontes de informação que situam os incêndios no Gerês são as mesmas que o omitem quando é no Cabril, nos Carris ou nos Prados Caveiros. Temos tentado inverter esta situação por todos os meios ao nosso alcance.
Vamos continuar a apresentar recomendações e propostas no sentido de minimizar prejuizos e devolver a confiança aos nossos clientes e a quem visita o Gerês. Neste sentido, e por sugestão de um associado, propõe-se ao PNPG e à Câmara Municipal algumas facilidades aos turístas, excepcionalmente, nesta altura do ano e até que o mercado se restabeleça, nomeadamente de entrada gratuita nos espaços públicos (Museu), oferta de viagens na embarcação de recreio e suspensão da taxa de acesso à Mata da Albergaria. Ao mesmo tempo, que sejam criadas melhores condições de visitação nas áreas não afectadas pelos incêndios, como por exemplo humedecer o piso da estrada da Albergaria várias vezes ao dia de modo a tornar o local convidativo para se passear a pé, tanto mais que é uma zona previlegiada de sombras.
O mês de Agosto é crucial para a economia local, pelo que serão determinantes as perdas agora verificadas nas receitas por falta de procura e de anulação de reservas resultantes directamente da insegurança criada em torno do Gerês ao longo desta semana. Urge, assim, devolver ao mercado a confiança e o sentimento de segurança que insensatamente lhe foi retirado, pelo que apelamos a todos os associados e a todas as entidades públicas responsáveis pela promoção turísticas uma grande conjugação de esforços, desenvolvendo todas as medidas e iniciativas que permitam transmitir segurança e confiança aos turistas, dando-se alguns exemplos:
cada um de nós, deve procurar rápidamente programas de visitação e de animação alternativos para os seus clientes;
as entidades públicas, pede-se para reforçar os locais de atendimento e Postos de Turismo no seu funcionamento e apoio aos turistas e ajustar rapidamente a informação sobre os locais a visitar.
Esperando um bom acolhimento a este nosso pedido, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
A Direcção da GVT
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